
Esse lance de viver em rédeas só funciona comigo referente a quem estiver relacionando-se comigo. Não sei, não consigo me ver vivendo no mundo de 1984, obra prima do escritor Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo de George Orwell. Acredito eu, que assim que uma pessoa prova um prato diferente do seu "feijão com arroz pessoal" provavelmente iria gostar demais de provar um outro prato. Isso se por ventura não rolasse de ficar viciado em conhecer emoções diferentes, lugares diferentes e pessoas diferentes. O problema é que nem sempre existem pessoas dispostas em provar de outros pratos, e sempre acabam ficando sempre na "mesma coisa" em ver o mundo. Pessoas assim geralmente são inteligentes, pena que não são ao ponto de saber discutir sobre outros fatos que poderiam de repente, expandir suas observações ao máximo, mas... O mundo é tão grande, mas tão grande, que tem gente que prefere ficar no seu mundinho particular. Ainda bem que existem pessoas com um estranho mundinho insano.
Todo mundo deveria acordar todos os dias de uma maneira frenética, meio que acordar pulando logo da cama e dizer bem alto "Hoje é o último dia da minha vida!" com a convicção de que pode simplesmente engasgár-se com uma simples ervilha, e pronto, perdeu tudo. Acho que eu tô falando merda, mas se eu não me engane, isso é dito em O Curioso Caso de Benjamin Button também, só que eu não me recordo nítidamente como é colocado no filme. Afinal de contas, o filme inteiro é um questionamento de homem-tempo-vida, então seria quase impossível não tocar no assunto de perder a oportunidade obrigatória da vida, que é viver. Aproveitando mais ou menos o que deveria ser aproveitado, seria no mínimo uma experiência fora do seu "feijão com arroz pessoal" logo de cara, só que tem gente que não entende isso, infelizmente. Mesmo que quiserem pelo menos mudar a vida aos poucos, no meu ponto de vista é algo válido demais, só pelo fato da iniciativa. Espero que continuem!
Acho que isso que eu escrevi antes é referência a outro filme, só que dessa vez não tão bem aceito como Benjamin Button. Aquele filme O Procurado é um daqueles filmes que o visual predomina diante de muitas coisas no próprio filme. Efeitos visuais exagerados, bem feitos, claro, mas muito destacado. Mais ainda do que o próprio roteiro. O lance do filme é mais ou menos isso: um carinha com uma vida super normal e saturada, vive trabalhando e trabalha pra viver, procura no Google um possível destaque, mas nada disso acontece, e tem sua vida virada de pernas pro ar quando descobre que é herdeiro de um assassino. Uma mudança brusca como essa enloqueceria qualquer ser humano no mundo, claro, não é assim que funciona. O lance acontece por iniciativa própria, começa de dentro mesmo. Assim, 1984 falaria de uma sociedade que ao invés de prevalecer as regras de controlar, seria uma Sodoma e Gomorra. Putaria geral! Ou pior, poderia ser que o livro nem tivesse sido escrito, e isso seria pra mim um desastre.
Desastre mesmo são as pessoas que vivem nessa vida normal demais, e acabam condenando pessoas que preferem ter algo mais agitado. Isso sim é viver nas rédeas invisíveis, e querer controlar até o que não pode. O famoso mandar em duas vidas. Puts, como um ser humano conseguirá "cuidar" de outra pessoa se nem na própria vida ele tem autonomia? Eu acho isso uma puta falta de sacanagem, e tenho dito!
- PS: Ilustração feita pelo desenhista gaúcho Rafael Sica
1 comment:
poxa... isso que tu falou doeu um pouco em mim.. espero que naum tenha sido diretamente pra mim. Há sim uma forçada de barra para que sejamos "pessoas normais". O foda é que isso acaba nos rotulando de pessoas estranhas, anormais e mimimi. Como discutimos... a sociedade existe para moldar o homem que ao mesmo tempo corrompe. O lance mesmo tem que ser viver a própria vida da maneira que quiser,isso ateh explique o fato do "feijão com arroz pessoal" ou do " mundinho insano particular". Essas pessoas talvez se isolem para tentar ser um pouco menos cobrado, forçado e etc. Outras acabam se isolando.. mas de forma contraria.. seguem tanto o padrão que a sociedade existe que esquecem de que tem o direito do livre arbítrio. Enfim.. acho que já me perdi no assunto.. hauhauahua
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