Wednesday, March 30, 2011

Animais Sentimentais


Quando eu vi um palhaço pela primeira vez na minha vida, pensei que talvez fosse um monstro. Me dêem um desconto, eu tinha só 4 anos de idade, nem sabia direito o que era de fato um circo, e com isso, provavelmente saber de primeira o que era um palhaço seria de fato algo anormal... mais do que eu conseguia ser. Morri de rir com aqueles dois homens com baton, outas maquiagens e um nariz vermelho. Claro, mesmo com 4 anos, não pude deixar de notar uma lágrima em cada um. Cresci, e descobri que um palhaço é um personagem dramático, fazendo com que sua agonia seja interpretada como algo engraçado, cômico e hilário. Por favor, entendam, o palhaço de fato está no circo pra lhe fazer rir, mas antes disso, o personagem nasceu depois de muitas lágrimas. Deveriam pelo menos contar que a arte da palhaçada nasceu na Europa, local frio e melancólico, e numa época onde era mais frio e impossível de se viver alegremente. A palavra palhaço veio, possivelmente, de uma expressão italiana chamada omino di paglia, ou no bom e belho português, homem de palha. Depois de um tempo foi abreviado pra pagliaccio, e é bem semelhante ao que ouvimos hoje. Fora esse visual estravagante, era de se imaginar que existia bastante informação secreta sobre o personagem, que me veio beeeem semelhante também com outra personalidade urbana: um mendigo.

Não que um mendigo seja engraçado, claro, nem sempre ele tem culpa em ser mendigo, mas o palhaço era exatamente aquele homem interiorano que vai pra cidade grande tentar arrumar emprego, e não consegue. Logo, por falta de condições, começa a viver na rua e embriagar-se de cerveja, dando a origem da maquiagem branca na boca, e de tanto tropeçar nas suas próprias pernas, acabavam caindo com o nariz no chão, dando a origem ao nariz vermelho. Por não ter dinheiro para comprar roupas, ganha suas roupas de outros, mas estas não lhe servem: por isso, tem uma calça mais curta ou mais larga, ou então um sapato muito grande, ou então um casaco grande demais, peças descombinadas e desproporcionadas entre si. Vi muito disso em São Paulo quando me deparei com mendigos nas ruas de lá. Já foi comprovado que 90% dos mendigos das ruas de São Paulo são de outras regiões, que se mudaram atrás de um emprego digno e no fim das contas, perderam até o pouco que tinham. o palhaço era de fato o retrato do mendigo que era nada mais nada menos do que debochado por outras pessoas.

Os tempos mudaram, e a arte cresceu de uma força absurda, e como se não bastasse, a intenção da arte mudou também. Slava Polunin é um artista russo, conciderado pelos especialistas como o melhor palhaço do mundo, e o mais expressivo também. Assim como os demais, ele não usou sua voz pra expressar o sentimento de cada momento em que talvez o publico se encontre. Sim, o Slava faz com que as pessoas riam de suas próprias tristezas, sendo assim, acabou sendo identificado por muita gente. Segundo o próprio artista, sua obra é nada mais nada menos que "um teatro de esperanças e sonhos, cheio de saudade e solidão,perdas e desilusões.". Sendo assim, eu acredito nele.

A arte da palhaçada não é nada novo, claro, mas talvez um palhaço de grande destaque tenha passado diante de seus olhos e de repente você nem notou. Sim, me refiro a um palhaço famosíssimo, que demorou tempos até usar sua voz, mesmo pela sua época não ter permitido um diálogo direto com o público, tudo foi na base da interpretação por anos. Charles Chaplin de fato uso as telas de cinema no lugar de um picadeiro, e se tornou talvez o maior ícone entre os palhaços, mesmo não sendo considerado o melhor do mundo. Seus filmes eram como uma tentativa de fazer com que as pessoas parassem e pensassem como algo na rua poderia ser magnífico, com o fato da simplicidade de suas condições de vida não lhe proporcionar uma boa aceitação social. Mas isso era problema pra ele? Claro que não! Carlitos, como era chamado, sobrevivia com muita boa vontade, e curiosidade, fez uma cega ver como o mundo era belo mesmo sem precisar vê-lo, fez um rico encontrar na probreza uma fortuna que dinheiro nenhum poderia comprar fez um industriário nortar que o ser humano era a melhor máquina que uma fábrica poderia ter. Nasci fã dele, vivo sendo fã dele e morrerei fã dele!

O palhaço é nada mais do que aquele ser humano que arranca um sorriso de você mesmo nos momentos de lágrimas. O palhaço é aquele ser humano que somos internamente. O palhaço é o ser humano que talvez todo mundo deveria ser pelo menos por um dia.

  • PS: Ilustração feita pelo artista Norte-Americano David Whitlam retratando um palhaço mais moderno.

Os Perigos de uma Mulher Influente


Todo homem que diz ter provado de tudo nessa vida, deveria pensar duas ou três vezes antes de falar sobre sua possível habilidade de se relacionar. Não que ele seja um completo de um safado sem vergonha, que ao invés de dar sua atenção a dita cuja amada, vive num bar caçando as ratas que perambulam por lá. Me refiro ao fato de ter uma namorada com personalidade perigosa, armada e mais forte do que a sua. Isso sim é mulher, isso sim é um ser vivo que realmente dará uma vida depois de seus 9 meses de gestação. O homem com seu orgulho de macho filho de uma puta sempre prevaleceu com seu desejo de namorar e casar com uma mulher submissa aos seus costumes. Costume esses que são facilmente encarados como primitivos e saturados, mas nem por isso o homem se toca da merda que faz em ainda pensar assim, e principalmente, agir assim. Se todo homem desse direito de pelo menos falar o que é certo e errado, ele seria um ser humano muito melhor.

A mulher inteligente tem o dom de prender o homem com uma força além do que se tem no físico dela mesma. A inteligência feminina chega ao ponto de ser mais precisa do que a masculina, causando um acerto de contas entre a guerra dos sexos com o resultado masculino negativo. O problema é que como o homem é sempre orgulhoso, nunca deixa o espaço administrativo pra mulher, justamente por saber disso. O melhor mesmo é o veneno. O veneno feminino só tem um problema: é recorrente demais. O veneno de um mulher é como veneno de uma cobra, paraliza e mata com uma facilidade extrema. A paralização recorrente disso é aquela cara de besta que o homem fica quando se depara com uma mulher dominadora, e a morte é o sentimento que isso causa. Talvez não sentimento, mas vício com toda certeza conhecerá. A maneira que o charme é jogado, a maneira que o abraço é dado, tudo isso influencia na hora de conviver com uma pessoa influente. E lá vem aquele orgulho velho e fedido de macho em achar que tudo isso não passa de putaria. Putaria ou não, mulher influente é a melhor, porra!

A insanidade feminina não é conveniente de ser controlada. Mulher inteligente boa, é uma mulher livre de exercer sua inteligência, livre pra dizer o que é bom pra ela e pra ele. A mulher inteligente nunca pensa só nela como o centro das atenções, ela sempre se coloca do lado de alguém que por sinal, por exigência dela mesma, tem que acompanhar a inteligência também. As decisões perfeitas são dotadas por duas pessoas ou mais, e como a cumplicidade bate na porta nessas horas, não seria diferente no casal que provavelmente foi feito de um vício do homem com a mulher lá. Todo homem merece sentir o sabor de um dia ser ultrapassado por uma mulher, que provavelmente tem o dom de dizer o que é certo e errado nos momentos certos. O homem não será mais o mesmo, mesmo. Será um que dependendo do seu grau de instrução, mudará a maneira de ver sua vida, e provavelmente irá lembrar de seus namoros antigos, de como está sendo tudo diferente nesse momento, de como foi tudo que passou e principalmente, da satisfação de aceitar os fatos ruins que ele passou, fazendo com que ele chegasse naquele momento.

  • PS: Foto do fotógrafo Helmut Newton, acredito que foi de uma série de fotos que ele fez com mulheres peladas e armadas.

Tuesday, March 29, 2011

Mesquinharia Calculada Sempre Chega na Merda


É engraçado pensar nesse sentido, mas acho que conseguirei pelo menos transmitir algo que de fato dê certo no sentido de entender. Ou pelo menos tentar, não custa nada. Afinal de contas, ainda não estou me perdendo por completo nos textos que aqui escrevo, nas nunca se sabe.

Existem pessoas e pessoas, mas existem umas que se acham. Não estou falando de simplesmente se acharem mais do que outros, e sim pelo fato de serem mesquinhas. Se o mundo de fato fosse colocado como uma esfera que ao invés de girar e alojar seus seres vivos, ele é uma esfera que dá voltas, que por sinal, nem sempre tem gente preparada pra receber essas voltas. Ai vem sempre recheado de surpresas. Geralmente sempre é uma surpresa de um sabor amargo, mas nem sempre é algo indigesto, às vezes é culpa de um defeito em grande escala que quase todo mundo tem: orgulho! Ser orgulhoso nem sempre é uma péssima coisa, mas sempre rola algum ferimento que deixa uma cicatriz maior do que seu corpo poderia suportar. Não sou médico, então vamos deixar esse papo de orgulho ferido e o caralho no cu de alguém sem cuspe de lado. O lance mesmo é só se tocarem que mesquinharia é algo que sempre dá em merda, e hoje rolou uma prova disso, não poderia ser diferente.

Estava eu no meu lugar, e veio minha mãe comentanto que hoje seria a final do Big Brother Brasil. Só pelo fato de ser um programa de TV já não me chama a atenção, e claro que eu não sabia de porra de final nenhuma. Segundo ela, ainda rolou um viado pernambucano que tem um asilo, e no fim das contas, ele levou o terceiro lugar. Ai rolou um relato do Pedro Bial pra um médico lá, e pronto, quem levou foi a moça que o médico tava comendo, que se chamava Maria. Então comecei a perguntar sobre essa moça, e segundo minha mãe era uma gostosona com cara de quem sabia fazer sexo oral(ela não disse isso, claro) e que era escanteada por um outro cara que provavelmente comeu ela lá dentro chamado Maurício. Esse Maurício saiu do programa e voltou com sangue nos olhos, e parece que humilhou essa Maria, aquela agonia, come ou não come, sangue escorrendo, tá buchuda ou não tá, sei lá que porra foi. Só sei que como eu não entendo desse programa, e de muitos outros, acabei tirando umas conclusões escrotas, como eu mesmo descrevi aqui. Só sei que no fim das contas, ela levou 1 milhão e meio. Nada mal pra uma moça que era escanteada e humilhada. Como se não bastasse, minha mãe ainda falou que essa doida era colocada como a burra do programa, ai foi que segundo ela, o premio foi merecido mesmo. Ai vem aquela velha questão "agora ele vai correr atrás" como se ela fosse de fato um ser sem conciência de lembrar das merdas que provavelmente passou por conta desse rapaz aê. Só sei que aquela frase de "os últimos serão os primeiros" sempre é lembrada quando se vê coisas desse tipo.

Mais ai vem outro tipo de mesquinharia. Existem pessoas que no fim das contas, não conseguem fazer um simples fato de ver outras pessoas ao seu redor. Talvez por egoísmo, que na sua grande maioria é onde se encaixa isso, ou por falta de atenção. De repente, você passa por alguma pessoa que você até pode conhecer, e não falar é falta de atenção e só. Mas não falar com uma pessoas por não querer falar, pode ser falta de sexo na vida ou amor no coração, só pode. Não sei explicar bem qual a melhor opção pra uma pessoa assim se consertar, ou se tratar, caso seja doença. Só sei que se todo mundo um dia pensasse que talvez o mundo não gire em torno do seu umbigo, o mundo seria melhor!

Exemplo: Essa imagem do fotógrafo Ansel Adams mostra uma criança. Você viu e não fez questão de ver uma vida na imagem, ou não prestou bem atenção dela?

Discotecagem Pop Variada


Enquanto pessoas como muitas que eu conheço não se importam com aparência, outras pessoas, ou indústrias se importam demais. Eu, por exemplo, não deixo a aparência tomar conta da minha opnião sobre nada, nem ninguém... Tá, talvez eu tenha vacilado com alguém, mas nada que eu não tenha consertado em ter conhecido a própria pessoa. O lance é que a música pro sua vez, entrou de cabeça com isso. A MTV passa milhares de cantores e cantoras pop's independente de suas origens, que isso na minha opnião, e super importante. O problema disso é que a gente tenta procurar uma verdadeiramente feia, e não encontra. Tudo bem, a Lady Gaga nem é uma mulher linda, mas porra, vê o impacto que a imagem dela causa nas pessoas desacostumadas... foda, viu?! Então, pensando nisso, me pergunto "por que a indústria musical não prevalece a música?" O tempo passou, e até os músicos se modernizaram em suas maneiras de tocar e compor, mas volta e meia encontramos alguém que de fato ainda sabem fazer músicas como antigamente, com espírito. Mesmo tocando pop, uma música fácil de se vender, ainda sim tem gente que gosta de tocar isso, e compor isso. Falando nesse sentido, a moça dessa foto, chamada Imogen Heap, é uma das cantoras pop's que não se destaca de forma alguma pela imagem. Ela é feia que dói, parece um E.T. em algumas fotos, e com toda certeza foi uma nerd que não pegava ninguém na adolescência. O problema é que, como essa indústria fez acontecer pra prevalecer a imagem, pouca gente sabe quem é essa figura aê.

Isso é um problema, pois ainda vemos cantoras destacadas pela beleza aparecendo cada vez mais. Vide a Beyoncé, que é uma morena da bunda desejada, e com pernas mais desejadas ainda. Ela até pode cantar, mas ser casada com Jay Z, que além de rapper, é o empresário da doida, ajudou muito. Cat Power também é uma cantora que passa por isso. É linda? É bonito, e só, mas mesmo assim, não se destaca. Canta pra caralho, escreve como se estivesse profetizando algo, mas no fim das contas, pouca gente, pelo menos no Brasil conhece suas músicas. Isso pra mim ainda é ruim, mas tem o lado bom, porque nem todo mundo tem uma capacidade de entender o que de fato é feito com a alma.

Está ficando cada vez mais complicado esse lance de um dia a gente ver super cantoras se destacando e levando prêmios pra casa por merecimento, não por comprar os prêmios. Não é só assim com as cantoras populares, nem com as menos conhecidas. A música em sí mudou muito, e com isso prejudica os que realmente vivem dela.

"A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros."

Anais Nin

Deu pra entender o texto, ou me perdi?

  1. PS: Não sei quem tirou essa foto, mas a cantora é a Imogen Heap mesmo.

Monday, March 28, 2011

Sacred Harp Singers at Liberty Church



Sacred Harp Singers at Liberty Church é um grupo protestante nascido em algum lugar dos Estados Unidos da América que eu não sei, que por sinal, quem disser que é culpa minha de não saber, eu me defendo dizendo que é um absurdo não ter informações sobre esse grupo em lugar nenhum do Google. Fiquei puto, mas dá pra falar bem breve do grupo. Formado por trabalhadores protestantes dos EUA's, foi unido pela fé que eles tinham, e pelo sofrimento em plena safadeza dos anos 30, em que a América do Norte sofreu uma grande crise financeira, e eles feitos pirados, iam pra igreja cantar. Pelo menos não eram bitolados em só rezar.

Eu tava na minha, ai passou na Globo um filme que eu idolatro como um dos melhores da história. Cold Mountain é um daqueles filmes que todo mundo merece ver, mas por saber que nem todo mundo entenderá, é melhor deixar ele oculto mesmo. Então, conheci o grupo lá, assistindo de boa, tranquilamente, e me veio umas músicas dele na trilha. O engraçado foi onde o diretor colocou as músicas deles, que diga-se de passagem, por ser um grupo religioso, que mesmo que suas letras não rolasse o tema góspel, ouvir um coral em cenas de guerra é completamente raro hoje em dia. Mas tá, foi mal, não deveria postar isso aqui, não vai fazer diferença pra ninguém, e tenho certeza que ninguém vai procurar ouvir o grupo. Que diga-se de passagem mais uma vez, fazem bem em não ouvir.


Idumea

And Am I Born To Die?
to Lay This Body Down!
and Must My Trembling Spirit Fly
into A World Unknown?
a Land Of Deepest Shade,
unpierced By Human Thought
the Dreary Regions Of The Dead,
where All Things Are Forgot.
soon As From Earth I Go
what Will Become Of Me?
eternal Happiness Or Woe,
must Then My Portion Be!
waked By The Trumpet Sound,
i From My Grave Shall Rise;
and See The Judge With Glory Crowned,
and See The Flaming Skies

Ser Normal é Estranho


Esse lance de viver em rédeas só funciona comigo referente a quem estiver relacionando-se comigo. Não sei, não consigo me ver vivendo no mundo de 1984, obra prima do escritor Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo de George Orwell. Acredito eu, que assim que uma pessoa prova um prato diferente do seu "feijão com arroz pessoal" provavelmente iria gostar demais de provar um outro prato. Isso se por ventura não rolasse de ficar viciado em conhecer emoções diferentes, lugares diferentes e pessoas diferentes. O problema é que nem sempre existem pessoas dispostas em provar de outros pratos, e sempre acabam ficando sempre na "mesma coisa" em ver o mundo. Pessoas assim geralmente são inteligentes, pena que não são ao ponto de saber discutir sobre outros fatos que poderiam de repente, expandir suas observações ao máximo, mas... O mundo é tão grande, mas tão grande, que tem gente que prefere ficar no seu mundinho particular. Ainda bem que existem pessoas com um estranho mundinho insano.

Todo mundo deveria acordar todos os dias de uma maneira frenética, meio que acordar pulando logo da cama e dizer bem alto "Hoje é o último dia da minha vida!" com a convicção de que pode simplesmente engasgár-se com uma simples ervilha, e pronto, perdeu tudo. Acho que eu tô falando merda, mas se eu não me engane, isso é dito em O Curioso Caso de Benjamin Button também, só que eu não me recordo nítidamente como é colocado no filme. Afinal de contas, o filme inteiro é um questionamento de homem-tempo-vida, então seria quase impossível não tocar no assunto de perder a oportunidade obrigatória da vida, que é viver. Aproveitando mais ou menos o que deveria ser aproveitado, seria no mínimo uma experiência fora do seu "feijão com arroz pessoal" logo de cara, só que tem gente que não entende isso, infelizmente. Mesmo que quiserem pelo menos mudar a vida aos poucos, no meu ponto de vista é algo válido demais, só pelo fato da iniciativa. Espero que continuem!

Acho que isso que eu escrevi antes é referência a outro filme, só que dessa vez não tão bem aceito como Benjamin Button. Aquele filme O Procurado é um daqueles filmes que o visual predomina diante de muitas coisas no próprio filme. Efeitos visuais exagerados, bem feitos, claro, mas muito destacado. Mais ainda do que o próprio roteiro. O lance do filme é mais ou menos isso: um carinha com uma vida super normal e saturada, vive trabalhando e trabalha pra viver, procura no Google um possível destaque, mas nada disso acontece, e tem sua vida virada de pernas pro ar quando descobre que é herdeiro de um assassino. Uma mudança brusca como essa enloqueceria qualquer ser humano no mundo, claro, não é assim que funciona. O lance acontece por iniciativa própria, começa de dentro mesmo. Assim, 1984 falaria de uma sociedade que ao invés de prevalecer as regras de controlar, seria uma Sodoma e Gomorra. Putaria geral! Ou pior, poderia ser que o livro nem tivesse sido escrito, e isso seria pra mim um desastre.

Desastre mesmo são as pessoas que vivem nessa vida normal demais, e acabam condenando pessoas que preferem ter algo mais agitado. Isso sim é viver nas rédeas invisíveis, e querer controlar até o que não pode. O famoso mandar em duas vidas. Puts, como um ser humano conseguirá "cuidar" de outra pessoa se nem na própria vida ele tem autonomia? Eu acho isso uma puta falta de sacanagem, e tenho dito!

  1. PS: Ilustração feita pelo desenhista gaúcho Rafael Sica

Sunday, March 27, 2011

Esquecimento Decepcionante


Antes de tudo, quero informar que não estou num super momento de escrever sobre isso, mas não custa nada tentar explicar um erro que todos um dia na vida cometem, mesmo que seja sem querer cometer, mas comete.

Decepção é algo que todos sofrem! Um belo dia colocamos nossa fé em alguém em que nos identificamos, e quando menos esperamos, fudeu, ela é completamente diferente do que desejávamos. O engraçado é que a pessoa em que você se desapontou não tem culpa nenhuma, e seria putaria minha dizer que você também tem culpa em ter acreditado demais nela, quando na verdade, você apenas criou um vínculo de simpatia com essa pessoa. O decorrer do envolvimento rola algo que geralmente é resumido com contradição da parte do "simpático" ao seu lado. Isso depende muito, desde uma ideia, até algo colocado na sua educação. Ou se prefirir, é pelo simples fato de sua mania de fazer algo, ou TOC, sei lá.

inha intenção mesmo, é só falar que as pessoas que um dia se dizem ter decepconado com alguém, esquecem de um dia pode decepcionar outro alguém. A mão que tenta curar a ferida, pode ser usada pra causar outra ferida. Eu mesmo posso me colocar como exemplo vivo disso. Um dia, descobri que decepcionar alguém é que na minha opnião, poderia ser taxada por mim mesmo como a pior experiência que um ser humano poderia ter. O problema é que eu não sabia da capacidade mental de uma pessoa em interpretar meus erros, e cometer os meus. Se você é "vítima", pra que querer ser a culpada? Bom, isso foi um resumo, claro, não cabe a mim tocar mais nesse assunto. Pessoas acham que outras por não serem elas, são como homens das cavernas. Isso é mais do que errado, isso é um crime! Bom, pelo menos deveria ser encarado assim, mas o egoísmo de uma mão lava a outra sempre predomina.

Se todo mundo um dia chegasse ao consentimento de que nem tudo nessa vida fosse flores, talvez o mundo poderia ser menos pesado no sentido de conviver com outras pessoas. Os pais, por sua vez, deveriam preparar seus filhos pro mundo, não fazer com que eles deveriam pensar que eles poderiam viver nas custas deles o resto da vida. Ou melhor, se todo mundo sentasse e pensasse que até em casa corremos o risco de nos decepcionar, eu não precisaria postar isso sem pensar direito. Na verdade, todo mundo deveria entender que o descontentamento sempre será presente em qualquer maneira de vida que você escolher, seja ela boa, ou causada por você a decepção em escolher o lado ruim da vida.

Friday, March 25, 2011

Grito de Socorro


Pois é, meu povo, estamos diante da TV, e nos deparamos com um velho Japão. Há un anos, quando eu era mais novo, passava uns lances na TV pros pivetes como eu assistir, que sempre rolava um grupinho de elite geralmente formados por jovens estudantes. Acho que hoje em dia os mais famosos mesmo são os Power Rangers, mas já teve um monte. Geralmente, por mais americanizado que fossem essas merdinhas, sempre rolava um cenário mais japonês. O problema é que, além de ser um programa típico feito no Japão, sempre rolava um monstro destruidor que tinha uma tendência sádica em destruir tudo que estivesse de pé, e até matar tudo que teria vida. O "engraçado" de toda essa merda que eu tô descrevendo, é que nos últimos dias esses monstros chegaram. Segurar três desastres de uma só vez é quase como um goleiro defender três boladas de uma só vez, e numa final de Copa do Mundo.

Ai eu me pergunto: Cadê os Power Rangers? Pois é, o Zordon está aposentado, e o Alpha provavelmente foi reciclado por alguma indústria, e não tem como contáctar os Rangers. Um terremoto de grande proporção nesse planeta em que vivemos atualmente é quase como receber a Lua por uma noite. E receber algo do tipo é como ver mais ou menos uma manada de búfalos visitando uma lojinha de cristal. Logo depois, uma tsunami que se fosse em Recife, com toda certeza, teria pelo menos 70% da população morta em minutos, pelo menos. Recife, por ter um nível baixo, seria afogada fácil, fácil. E como já era de se imaginar, não teria Power Rangers de porra nenhuma pra ajudar no momento. Como se não bastasse, o Japão sofre um desastre nuclear de merda, que fez com que tudo ficasse de fato, pior do que um dia poderia ficar.

O triste é que um pais como o Japão, rico em inteligência, em técnologia, em educação... Um pais como eles, não teve noção de que um dia o que cresce demais, cai demais. Se um dia eu chegar a ter netos, eu espero que o Japão já esteja livre desse fantásma que ficará pairando por anos e anos, que é o tráuma desses desastres. Quero ver em 50 anos um país que até hoje não está recuperado da uma bomba atômica, agora mais essa, que provavelmente eles não vão se recuperar nunca. O pior de uma nação como o Japão, não são seus atributos, nem seus defeitos, e sim o seu orgulho. O orgulho ferido de um homem tem cura, mas de uma nação inteira é quase como dizer que a água pode ser ferida e cicatrizada. Uma nação gigante caindo de um dia pro outro também é quase impossível de se imaginar, mas taí, aconteceu. E quem são os Power Rangers? Somos nós!

É a nossa vez de salvar o Japão. É hora de formar, e pegar nossas máquinas de guerra e ajudar com o que podemos, com todas as forças que temos. É até de aparência hipócrita o que eu tô falando, mas querendo ou não, o mundo inteiro viu que eles precisam de apoio, moral, ou não. Se formos nos levantar e... sei lá, pelo menos doar roupa velha pros lados de lá, já faz uma diferença enorme em dizer que fez algo pros japoneses. Um dia, vejam bem, um dia, chegará alguém lhe cobrando algo que será triste de ouvir você dizer que não tem como pagar. Não tô falando no sentido teológico da coisa, mas sim pelo fato de que realmente vai rolar algo do tipo. Se for pra me fuder, eu me fodo por algo que eu fiz, não por algo que deixei de fazer.

Comi merda mesmo!

Thursday, March 24, 2011

Reformulando o Que Possivelmente foi Perdido


Pois é, meu povo, aqui estou eu de volta. Depois de anos sem postar nada aqui, depois de deletar até o que eu já tinha postado por não me indentificar mais com aquilo escrito, retorno só pra falar que tô de volta. Vou ver se consigo fazer alguém vir ler algo aqui, mesmo achando um tanto dificil, mas não custa nada tentar.

Vou logo adiantando que, se você por ventura veio por aqui há anos e via umas coisas sem nexo escritas, sinto ter que informar, isso não rolará mais aqui. Eu mudei! É, mudei. Mudei pra melhor, claro, mas esse "melhor" faz parte do meu ponto de vista, não posso fazer vocês notarem algo que não irão entender. Passei por muita coisa, boas e ruins, e me sinto mais humano por isso. Não lembro exatamente a fase da minha vida que me fez fazer esse blog e abandoná-lo, e outros motivos que me fizeram retornar. O bom é que mesmo que eu não toque em todos os assuntos que aconteceram comigo, assunto não vai faltar aqui, disso eu sei. Meus gostos foram concretizados, meus desgostos também. Compartilhar também fará parte desse retorno. Questionar mais ainda. Defender e atacar também. O lance é registrar a vida em textos, espero conseguir.

Bom, por hoje é só, pessoal! Acredito eu que ando tendo umas ideias de uma possível postagem boa, ou quase isso. Ando descobrindo falhas no Recife, que podem muito bem catalogadas como falhas invisíveis, mas ao decorrer dos dias, eu vejo como colocar isso aqui.

Inté!