Tuesday, April 26, 2011

O Tempo e sua Habilidade de Manipular


Não, não, não vim falar de pessoas e suas "habilidades" de serem manipuladas, vim falar do tempo e o fragmento que só ele tem. Sim, sim, já falei demais do tempo em 16 postagens que aqui "residem" diante desse blog desocupado e por tanto tempo abandonado. Ai vem o porém. O tempo é algo que por muitos ajudou, mas se pararmos pra pensar, ele nos atrapalha demais também. Tanto pode demorar a passar, como passar rápido. Vou tentar explicar melhor sobre isso comentando algo que o tempo por sí só promove como obrigação dele mesmo, como se tudo, ou quase tudo fosse fluente de um grande organismo que só ele mesmo pode escolher se vai digerir, e como vai digerir. Eu nem sei exatamente como eu parei pra pensar nisso, mas se um dia de desocupação me proporcionasse essa lógica sempre, eu seria muito mais feliz há tempos.

A proporção de um simples gostar, é uma questão de cada um, mas relacionada com o tempo. Ninguém, eu disse ninguém, conhece uma pessoa por horas, ou minutos. Podem até de fato se gostarem, mas gostar nos dias de hoje é algo tão superficial, que eu digo e repito, ninguém gosta de alguém por tão pouco tempo de convívio. Com isso, vem outra "ferramenta" poderosa chamada vontade, que por sua vez pode ser confundida com euforia. A sua vontade de conhecer uma pessoa interessante irá fazer com que o seu tempo seja justificadamente bem aproveitado perante a vontade "egoísta" em ter uma pessoa do seu lado. Não que isso seja egoísmo, mas cedo ou tarde alguém vai dizer que "essa pessoa tem que ser minha um dia" mesmo tendo boas intenções. O fato é, que se o tempo for bem aproveitado com aquela pessoa desejada, pode ter certeza, é uma questão de tempo pra essa paixão fluir e se tornar amor. Sim, existem diferenças, mas outro dia eu comento aqui.

Mas e se o tempo for curto? Pois é, o bom proveito vai proporcionar algo realmente triste; despedida. A despedida, geralmente imposta diante ao relacionamento à distância, ou ao fim pacífico de um relacionamento nem sempre pacífico proporciona aquele sentimento que poderia um dia ser chamado de crime, mas não, é justamente a solução: saudade. A saudade é a maior prova de que o tempo bem aproveitado valeu muito a pena pras duas pessoas, ou só uma delas, nunca se sabe sobre a vontade da outra pessoa. A saudade é algo que lhe assombra segundos depois da despedida. Assim que é lhe dada as costas pra a outra pessoa ir embora, você sente um abraço gelado vindo por baixo dos seus braços, bem parecidos com alqueles abraços calorosos que momentos antes você recebia pela mesma pessoa que se despede de você no momento, e tudo que pode ser feito, é aceitar o fato de que aquele momento é algo bem parecido com a perda de um pedaço do seu corpo. Pedaço esse com quase sua altura, peso e gostos. O assombro da saudade faz com que você veja a outra pessoa em todos os locais da sua casa. Você vai no banheiro, e olha pro chuveiro pra ver se tem alguém lá. Você vai na cozinha e tentar ver se ainda sobrou daquela comida que você provou e tanto adorou. Você entra no quarto e procura ver se sua cama já está com um lado da parede ocupado. Você fecha os olhos no meio da casa e tenta ouvir aquela gargalhada que também lhe fazia rir freneticamente. Mas não, o chuveiro está vazio, a comida já acabou e sua cama nem está pronta pra você deitar o dormir, mas a gargalhada, por sua vez, é ouvida na lembrança facilmente.

Toda boa utilização do tempo promove a boa utilização de sí mesmo diante do gostar. O gostar é algo que surgiu com o tempo, e que com o tempo será imortalizado por duas pessoas, mesmo o relacionamento um dia terminar. Cabe ao casal decidir se termina diante das dificuldades, ou se persistem pelo fato de terem passado por outras dificuldades. Dificuldades essas que poderiam ser resumidas em só esperar o tempo passar por uma época. Lembrando que ao contrário do livro A Máquina do Tempo do escritor H.G. Wells, não teremos mais a chance de voltar no tempo e tentar concertar os erros e desperdícios. O livro ainda fala algo referente ao destino, mas falo disso em outra postagem também. E além do mais, cabe ao casal saber por sí mesmo o quanto o parceiro(a) marcou na sua vida, e isso é algo que por minha vez, não poderei descrever aqui.

  • PS: Infelizmente eu não sei quem tirou essa foto, mas achei digna de ser postada com a intenção de demonstrar o vazio em que a postagem toca. Muito foda essa foto.

2 comments:

Keka Dias said...

*.* Sem palavras.

viviane said...

xora ñ, keka volta.